sexta-feira, 27 de abril de 2007

Por dentro dos debates


Por Mariana Amaral

Entrando no clima de inovações do VI Sigma-Mundi, aqui vai um pequeno guia para os delegados que desejam saber o que se passa no comitê ao lado.

Comitê Jurídico
O tema promete ser um dos mais atuais e relevantes: a crise nuclear no Irã, problema que afeta direta ou indiretamente todos os países do globo. O investimento iraniano em tecnologia nuclear tem sido interpretado como uma tentativa de produzir armas nucleares, o que acarreta uma acirrada discussão sobre a proibição ou não do uso desse tipo de tecnologia no país. Os delegados terão de utilizar manobras diplomáticas para sair desse impasse e conseguir uma proposta de resolução satisfatória a todos os membros do comitê.
CCTD
A Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CCTD) vai abordar um tema essencialmente polêmico: o uso de fontes alternativas de energia com o objetivo de reduzir o aquecimento global e o efeito estufa. A discussão promete girar em torno de acordos para a disseminação de tipos de energia renováveis e não-poluentes, de forma a proteger o meio ambiente sem prejudicar a economia dos países.
Security Council
O Conselho de Segurança é o único comitê de caráter mandatário da Organização das Nações Unidas (ONU), com 5 membros permanentes e cadeiras rotativas. O tema desse Sigma-Mundi é os dez anos de guerra civil na Somália. O país, como a maioria dos outros Estados africanos, ainda sofre com os vestígios de uma colonização que reuniu no mesmo território diversas etnias. Por conta disso, conflitos de grupos rivais levam a Somália a guerras e massacres constantes. Está nas mãos das nações reunidas no Conselho tentar solucionar essa situação.
ECOFIN
Os delegados do Comitê Econômico e Financeiro (ECOFIN) discutirão o tema da pirataria e os problemas que ela causa à economia de cada país. Propostas para o fim – ou ao menos a atenuação – dessa prática serão o foco do comitê.
Conferência das Partes
Uma Conferência das Partes é um comitê que reúne signatários de um tratado com a função de discuti-lo. O tratado a ser debatido esse ano é a Convenção de Diversidade Biológica. Os delegados discursarão sobre os benefícios e malefícios do patenteamento de bens naturais, um dos tópicos da convenção.
CDH
O tema a ser discutido pelo Comissão de Direitos Humanos (CDH) no Sigma-Mundi deste ano é o tráfico de seres humanos entre nações. Essa prática antiga tem aumentado de forma expressiva desde o fim da União Soviética. Alguns dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que 2,4 milhões de trabalhadores são vítimas do tráfico internacional. O objetivo dos delegados será defender os direitos humanos, criando uma forma de combater esse tipo de tráfico.
OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) irá discutir os danos causados à população mundial por conta de desastres naturais. Embora algumas nações contem com novas tecnologias e, dessa forma, possam prever esses desastres, as perdas humanas e físicas causadas por eles são irreparáveis. O trabalho dos países que compõe o comitê será achar uma forma de atenuar ao máximo os danos que desastres naturais possam acarretar, poupando muitas vidas.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Treinar, treinar e treinar

Por Marianna Holanda

Na última sexta-feira à tarde, um grupo de participantes do Sigma-Mundi se reuniu com um intuito: melhorar. Em seu primeiro modelo das Nações Unidas, esses alunos resolveram montar o Grupo Oratório, que tem como objetivo exercitar não somente a fala, como também todas as regras formais de uma simulação. “Depois do primeiro contato, principalmente com a brincadeira do minuto, fiquei muito confuso e vi que não era o único”, afirma o criador do grupo, Eduardo Cunha.

Começando timidamente, com apenas 10 pessoas, o grupo se reúne às sextas-feiras, às 14h, em frente ao palco do Bloco Vinho. Na última reunião, eles contaram com a presença de três simulandos mais experientes, que esclareceram as dúvidas dos demais. A integrante Martha Bucci disse que agora sente-se mais segura para as simulações dos dias 18 e 19 de maio.

As opiniões acerca do projeto não poderiam ser mais positivas. O professor de Geografia e coordenador do Sigma-Mundi, Walmir, acredita ser muito importante a iniciativa dos alunos e se disponibiliza a ajudar, se necessário.

O Grupo Oratório é uma ótima idéia para quem pretende participar não somente do Sigma-Mundi, mas de qualquer outro projeto do gênero. Para maiores esclarecimentos, falar com Eduardo na sala quatro ou pelo email:
kepperzin@hotmail.com .

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Exatas no Sigma-Mundi?

Por Catarina Passos e Rebeca Falcão

A maioria dos alunos, participantes ou não do Sigma-Mundi, devem estar se perguntando de que forma as matérias exatas se relacionam com o projeto de simulação da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa dúvida decorre do fato de que as disciplinas de ciências exatas, tais como Física, Química e Matemática, deixam 50%, 20% e 20%, respectivamente, da nota nas avaliações discursivas do segundo período a cargo da nota obtida pelo aluno no Sigma-Mundi.

No caso da Biologia, a participação na composição da nota em 50% se justifica pela presença da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Conferência das Partes, que se baseiam em princípios e conceitos biológicos para a realização de seus debates. Mas, afinal, qual a explicação para a participação no Sigma-Mundi contribuir, mesmo que em parte, para a composição da nota das matérias de exatas?

Segundo o Professor França de Matemática, o motivo pelo qual a nota no evento foi incluída na composição da nota da prova é o fato de que, durante os estudos dos delegados, faz-se necessário o uso de mapas, escalas ou estatísticas populacionais que requerem os princípios matemáticos. Entretanto, a explicação para o baixo percentual que a matéria destina à nota da simulação deve-se à pouca utilidade da disciplina nos debates.

Quanto à Física e à Química, as razões são muito parecidas. De acordo com o coordenador da cadeira de Física, o Professor André Frattezi, a adoção do percentual de 50% para a disciplina foi uma forma de incentivar a participação dos alunos no Sigma-Mundi nos primeiros anos do projeto. Desde então, essa porcentagem continua a ser utilizada, mesmo que a matéria não tenha nenhuma relação direta com as simulações.

A participação das cadeiras de exatas no evento foi uma sugestão do Professor Washington, coordenador do projeto, e que foi acatada pelos demais professores. Analisando tais explicações, nota-se que o Sigma-Mundi não se restringe a uma avaliação superficial do programa, já que não toma como critério para a nota apenas disciplinas diretamente relacionadas aos temas em debate. O evento mostra que, combinando-se as disciplinas, é possível unir diversos interesses e, dessa forma, aumentar o desempenho da maioria dos alunos participantes do projeto.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Crônica

Por Juliana de Paula

2 horas. Tarde de quinta-feira. O local é o auditório do colégio SIGMA. O tempo, quente. Muito quente. Há alunos, diretores, professores. Janelas são vigorosamente abertas. Um amontoado de pessoas com estados de espírito variados. Os que já estiveram aqui estão eufóricos e sorriem empolgados com a expectativa da nova simulação.

Os calouros têm o olhar atento ao que virá. Nota-se a primeira fila de cadeiras amarelas, nas quais os diretores e seus assistentes encontram-se sentados. Os professores andam pelo corredor entre as cadeiras e recebem os alunos que entram. O professor Washington, que está no palco, anuncia o primeiro dia de treinamento do VI Sigma-Mundi e declara um diferencial: excesso de pessoas em cada comitê. Estimativas de 5 a mais em cada um. O auditório cheio apenas confirma esse dado.

Alguns participantes comentam a saudade dos companheiros que concluíram o 3º ano em 2006 e não se encontram presentes, mas descobrem que seu sofrimento terá fim. O Secretário Geral, Emiliano Amorim, é apresentado e dá as boas-vindas. Ao indicar os componentes da primeira fila, a solução para os saudosos: os delegados do ano passado não conseguiram partir para sempre. Alguns voltam, agora como comandantes nessa missão de treinamento - são diretores ou assistentes! Que responsabilidade!

Agora, todos felizes, escutam o anúncio dos respectivos comitês e se encaminham para as salas. É hora de trabalhar!

Conferência das Partes: uma conversa com o diretor

Por Merlim Basso e Paula Feijó de Medeiros

Dos comitês que compõem o Sigma-Mundi, a Conferência das Partes é, provavelmente, o menos conhecido. Enquanto em comitês como o Jurídico ou o Security Council o próprio nome já remete à atividade que exercem, na Conferência das Partes paira a dúvida: afinal, qual o objetivo desse comitê? "Uma Conferência de Partes é uma reunião em que todos os signatários de um tratado discutem sobre aquele tratado", diz João Paulo Jorge de Oliveira, 18 anos, diretor assistente do comitê e estudante de Engenharia Elétrica na Universidade de Brasília (UnB).

Este ano, a Conferência das Partes vai falar sobre o patenteamento de bens naturais, um dos tópicos da Convenção de Diversidade Biológica. "O patenteamento é uma coisa boa? É uma coisa ruim? Se for boa, como deve ser feito? Se for ruim, como se acaba com isso?", questiona João Paulo. O tópico é bastante amplo, mas ele acredita que os delegados têm condições de abordá-lo. "Espero que estudem o suficiente para atingir essa meta (risos)".

João Paulo já participou, como delegado, de três Sigma-Mundi, dois SINUS, da Mini ONU (Minas Gerais) e, duas vezes, do ONU Júnior (Rio de Janeiro). E o que tem Engenharia Elétrica aver com simulações da ONU? "Na verdade, eu ainda estou tentando descobrir!", diz o bem-humorado diretor. "Sempre me interessei também pela área de humanas. Essas simulações têm todo um jogo de idéias, de estratégias, que eu acho sensacional!".

As experiências como delegado têm sido importantes na sua primeira atuação como diretor. "A partir do momento que você aprende essa questão da oratória, a falar e se portar em público, tudo fica mais fácil", confessa. Para os delegados de primeira viagem, João Paulo deixa seus conselhos:

• Não ter vergonha de falar;
• Não ficar acanhado diante dos veteranos ou dos que se sobressaem;
• Pensar em como falar e avaliar seu próprio discurso. Nem sempre o primeiro é o melhor;
• Descontraia-se, solte-se;
• Não tenha medo de errar.*

*N.R: Na pior das hipóteses, seus erros irão para as pérolas do jornal da Agência de Comunicação.

A Agência de Comunicação deseja boa sorte a todos!

Por Janaína Guimarães


Imaginar que por certo período você não é apenas um estudante. Esse é o objetivo das simulações da Organização das Nações Unidas (ONU). O Centro Educacional Sigma, mais uma vez, prepara diversos alunos para participar de debates com temas polêmicos e atuais através do Sigma-Mundi. Este evento visa tanto o crescimento profissional quanto o bom exercício da cidadania.

O maior desafio para os jovens talvez seja defender um país desconhecido e lutar por causas sociais com bons argumentos. Mas é importante lembrar que não são escolhidos os alunos com melhores notas. São selecionados os jovens com visão, que percebem nessas atividades uma forma descontraída e diferente de aprender sobre temas relevantes para o vestibular e, acima de tudo, para sua formação.

O projeto consiste na simulação de debates similares aos que são discutidos na própria ONU. Os estudantes tornam-se delegados prontos a defender seu país de acordo com o tema designado ao comitê.

O evento dispõe de grandes novidades a cada ano. Ano passado, trouxe a simulação da Organização dos Estados Americanos (OEA) em espanhol. Já nesse ano, a inovação está na Agência de Comunicação, que traz aos participantes e interessados mais um meio de saber, passo a passo, o que ocorre na simulação: o blog.

O Sigma-Mundi já começou e a Agência de Comunicação parabeniza os selecionados, desejando a todos um ótimo desempenho. Aqueles que não foram selecionados, não desistam. A cada ano está disponível a chance de adquirir novas experiências.

domingo, 22 de abril de 2007

Editorial

Por Deborah Delbart
Editora-Chefe

Até que enfim o Sigma-Mundi começou! Os professores de Geografia já estavam cansados da impertinência dos alunos perguntando a toda hora o resultado das inscrições. Valeria como prova? Teste? Quais eram os maiores detalhes?

Depois da espera, ouve-se nos corredores cochichos e conversas sobre o Sigma-Mundi. Discussões sobre os melhores comitês, o mais divertido ou o mais importante. Planejam projetos para a noite cultural e já falam até do gostinho de quero mais que fica quando tudo acaba.

Já passamos por dois treinamentos e começa a chegar aquela ansiedade do dia X. Para aqueles que nunca participaram de uma simulação, fiquem tranqüilos: o blog montado pela Agência de Comunicação poderá servir como guia. Sou novata em simulações e dá um frio na barriga só de pensar por tudo que vamos passar. Contudo, existe a tranqüilidade de estarmos sendo preparados por uma equipe tão competente.

Até onde o Irã poderá tornar-se uma ameaça?Será que a interminável Guerra da Somália terá fim? A Agência de Comunicação postará diariamente informações que sejam de seu interesse.

Gostaria de aproveitar para parabenizar a todos que participarão do Sigma-Mundi! Os que não foram selecionados, não desanimem! Sugiro que se atualizem através do blog para se inteirar de assuntos relevantes à atualidade mundial.

Bom término de treinamento e boa simulação.