sábado, 12 de maio de 2007

Criatividade é essencial

Por Janaína Guimarães

A cada dia que passa a expectativa de simular aumenta. Deixar de simplesmente treinar técnicas de negociação e oratória e realmente começar a agir! Debater, defender seu país, mostrar-se forte e atuante, deixar um legado no Sigma-Mundi 2007. Para conseguir bons resultados, no entanto, é necessário não apenas trazer informações, mas sim trazer um conteúdo novo. A questão é: onde e como adquirir tal conteúdo? Adiquiri-lo implica determinação, pesquisa, criatividade... Muitos são os assuntos a serem tratados, e, por isso, maior a necessidade de fontes de pesquisa.

Talvez a característica mais fundamental para o bom desempenho dos delegados tenha sido uma das menos focadas: a criatividade. Ir à embaixada de seu país para coletar dados é algo que todo mundo faz, mas é aí que entra a criatividade: na forma como serão utilizadas as informações obtidas em tais locais. Durante a Noite Cultural, fotos com representantes do país e embaixadores, exposição de revistas populares do local, cardápios típicos, entre outros, podem ser uma boa opção para atrair os convidados.

Há, ainda, feiras e festivais que podem oferecer idéias para os delegados que buscam se diferenciar. A Feira de Artesanato Árabe que ocorre de 2 a 26 de Maio no Pátio Brasil é uma boa pedida para quem está perdido com a cultura de seu país.

Estas são apenas algumas dicas que a Agência de Comunicação traz aos delegados. Não esqueçam também de conferir sempre a seção “Quer saber mais sobre seu país?” de nosso blog. Agora é chegada a hora de pensar e criar!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Desfile de delegados

Por Mariana Amaral e Deborah Delbart

É de se esperar que o tipo de roupa adequada para um delegado não seja muito parecido com o seu vestuário do dia-a-dia. E não é. Para os marinheiros de primeira viagem, usar terno e gravata em plena tarde de um final de semana pode soar meio estranho. A imponência que um salto alto pode causar também nem sempre é bem vinda para as delegadas que não o utilizam com muita freqüência. Mas, como dizem, são ossos do ofício. Simular requer que você assuma o papel de um representante de uma nação e, conseqüentemente, que você se vista como um.

O grande problema é que muitos delegados não sabem usar da melhor maneira seus modelitos diplomáticos, talvez pela falta de costume. Por isso, o Sigma-Mundi acaba não sendo só um
evento acadêmico como um desfile de gafes incondicionais. Não raro aparecem pelos corredores delegados combinando três cores de gravata com uma camisa ainda de outra cor, terninhos cor-de-rosa com blusas vermelhas, saias curtíssimas, etc. Em contra partida, alguns participantes do Sigma-Mundi se vestem com muita classe e, em alguns comitês, os que mais se destacam nesse quesito são eleitos "delelegantes".

O traje para os dias de simulação deve ser formal. Para os meninos ternos, camisas e sapatos sociais. Para as meninas ternos, camisas sociais, sapato social e saias no mínimo até o joelho. Lembrando que tênis e sandálias de dedo são acessórios proibidos. A vestimenta também deve ser formal na noite do credenciamento. Já na noite cultural o interessante é se vestir com trajes típicos do país representado. O importante é não esquecer: a primeira impressão é a que fica!

domingo, 6 de maio de 2007

SINUS 2007 foi um sucesso

Por Marianna Holanda e Camilla Maia

De 28 de Abril a 01 de Maio, ocorreu o modelo anual organizado pelos alunos de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB): a Simulação das Nações Unidas para Secundaristas (SINUS). Este ano, o evento realizou-se no Colégio Marista de Brasília, com cerca de 450 participantes vindos de diferentes partes do Brasil.

Membro do Conselho Construtivo – órgão formado por ex-secretários-gerais da SINUS –, Emiliano Amorim, atual secretário-geral do Sigma-Mundi, elogiou a administração do projeto desse ano. “Os guias de estudos estavam excelentes e as festas foram muito bem organizadas”, disse. As festas, na verdade, foram tão boas que tiveram lotação máxima e as únicas reclamações referiram-se à falta de mais convites.

Este ano, a novidade foi o número de comitês, que aumentou para 12. Os tópicos dos comitês foram interessantes, como os da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) – Medidas de Proteção contra o Terrorismo Nuclear – , e da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) – O Rompimento das Barreiras do Comércio Internacional para o Desenvolvimento Sustentável. Também foram simulados dois comitês em inglês, World Trade Organization (WTO) e o já tradicional, United Nations Security Council (UNSC).

Assim como alunos do Sigma-Mundi formaram o grupo de oratória para treinar para a simulação, os participantes da Sinus também montaram grupos para treinar e criar alianças de forma a tornar os debates mais dinâmicos. Emiliano acredita, entretanto, que as discussões foram comprometidas pela falta de preparo de alguns delegados. Apesar disso, a SINUS 2007 foi um sucesso.

Último dia de treinamento no Sigma-Mundi

CDH

Por Marianna Holanda

Em seu último treinamento, o Comitê de Direitos Humanos debateu um tema polêmico: os direitos das mulheres no Oriente Médio. Sendo o tópico escolhido motivo de muitas divergências, foi indispensável a diplomacia entre os países para que não houvesse desrespeito à cultura de nenhuma nação.

Por mais estranho que pareça, o documento de resolução foi um consenso entre idéias opostas. Por um lado, o Marrocos afirmou que qualquer decisão tomada sem considerar a cultura de cada país seria equivocada e feriria sua soberania nacional. O representante marroquino apoiava, entretanto, uma maior presença da Cruz Vermelha nos países do Oriente Médio. Por outro lado, a delegada dos Estados Unidos defendeu que por mais essencial que fosse levar em consideração a cultura de um país, os Direitos Humanos jamais poderiam ser ignorados.

Resolveu-se pela proibição da agressão física às mulheres e por uma maior assistência da Cruz Vermelha na região.

Conferência das Partes

Por Merlin Bastos

No último dia de treinamentos do Sigma-Mundi,os delegados da Conferência das Partes reuniram-se para debater sobre um tópico complicado: o aborto. Os países da União Européia – com a exceção da Polônia – posicionaram-se contra o aborto, enquanto os países asiáticos detentores de grande população – como Japão, China e Coréia do Sul – foram a favor.

Vaticano e Coréia do Sul sobressaíram-se nas discussões. O primeiro, levando em conta os preceitos da religião católica, foi contra a prática do aborto. Segundo o delegado do Vaticano, tal prática seria uma "perda espiritual". A delegada da Coréia do Sul discordou, para ela os cidadãos têm direitos, entre eles o de usar ou não contraceptivos e o de abortar.

Dessa forma, após várias horas de debate, a proposta de resolução, escrita pelos países que se posicionaram contra o aborto, não foi aprovada.

Pérolas da Conferência das Partes

"Estrupo" – Países Baixos
" Volto a afirmar que a Austrália é a favor do aborto e que por isso vemos o aborto como algo bom, sendo assim concordamos com o aborto..." – Austrália
" Se meu ídolo tivesse sido abortado ele não seria meu ídolo." – EUA

Comitê Jurídico

Por Deborah Delbart

Na última quinta feira, treinamento virou sinônimo de simulação. O Comitê Jurídico simulou um debate acerca do tema drogas. Na verdade, as discussões estiveram direcionadas em duas vertentes: o tráfico como ameaça para a segurança dos países e as conseqüências de uma possível legalização das drogas.

Para prevenir o tráfico, o delegado dos Estados Unidos defendeu a importância de fortalecer o policiamento nas fronteiras, enquanto o Canadá defendeu a legalização das drogas para a concretização do mesmo objetivo. Segundo a delegada do Canadá, a legalização ainda poderia gerar lucros para o Estado com a arrecadação de impostos. Essa afirmação causou polêmica. O delegado da China lamentou que o tráfico de drogas seja considerado como uma indústria por alguns países.

CCTD

Por Camilla Maia

Os delegados da Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CCTD) debateram sobre o número de cadeiras no Conselho de Segurança e sua divisão entre os países.A delegada da Itália apresentou uma proposta que defendia a diminuição do número de cadeiras de 15 para 11 e uma eleição, que correria a cada quatro anos, para escolher os países que ocupariam os assentos. Os delegados da Federação Russa e da Arábia Saudita opuseram-se à proposta. No entanto, enquanto o primeiro defendia representação proporcional ao número de pessoas de cada continente, o segundo defendia que as cadeiras deveriam ser distribuídas não de acordo com a população de cada país, mas de acordo com a influência exercida por cada um.

ECOFIN

Por Isabela Formiga

O Comitê Econômico e Financeiro discutiu sobre a invasão americana no Iraque. Segundo o delegado do Iraque, o motivo dos Estados Unidos para a invasão não se limitava à questão da existência ou não de armas biológicas dentro do território iraquiano, mas procurava também mostrar para a população americana que o governo está defendendo os interesses do país. Em contra partida, os Estados Unidos disseram que um ou dois discursos não são suficientes para esclarecer aos outros países todos os motivos da invasão.