domingo, 6 de maio de 2007

Último dia de treinamento no Sigma-Mundi

CDH

Por Marianna Holanda

Em seu último treinamento, o Comitê de Direitos Humanos debateu um tema polêmico: os direitos das mulheres no Oriente Médio. Sendo o tópico escolhido motivo de muitas divergências, foi indispensável a diplomacia entre os países para que não houvesse desrespeito à cultura de nenhuma nação.

Por mais estranho que pareça, o documento de resolução foi um consenso entre idéias opostas. Por um lado, o Marrocos afirmou que qualquer decisão tomada sem considerar a cultura de cada país seria equivocada e feriria sua soberania nacional. O representante marroquino apoiava, entretanto, uma maior presença da Cruz Vermelha nos países do Oriente Médio. Por outro lado, a delegada dos Estados Unidos defendeu que por mais essencial que fosse levar em consideração a cultura de um país, os Direitos Humanos jamais poderiam ser ignorados.

Resolveu-se pela proibição da agressão física às mulheres e por uma maior assistência da Cruz Vermelha na região.

Conferência das Partes

Por Merlin Bastos

No último dia de treinamentos do Sigma-Mundi,os delegados da Conferência das Partes reuniram-se para debater sobre um tópico complicado: o aborto. Os países da União Européia – com a exceção da Polônia – posicionaram-se contra o aborto, enquanto os países asiáticos detentores de grande população – como Japão, China e Coréia do Sul – foram a favor.

Vaticano e Coréia do Sul sobressaíram-se nas discussões. O primeiro, levando em conta os preceitos da religião católica, foi contra a prática do aborto. Segundo o delegado do Vaticano, tal prática seria uma "perda espiritual". A delegada da Coréia do Sul discordou, para ela os cidadãos têm direitos, entre eles o de usar ou não contraceptivos e o de abortar.

Dessa forma, após várias horas de debate, a proposta de resolução, escrita pelos países que se posicionaram contra o aborto, não foi aprovada.

Pérolas da Conferência das Partes

"Estrupo" – Países Baixos
" Volto a afirmar que a Austrália é a favor do aborto e que por isso vemos o aborto como algo bom, sendo assim concordamos com o aborto..." – Austrália
" Se meu ídolo tivesse sido abortado ele não seria meu ídolo." – EUA

Comitê Jurídico

Por Deborah Delbart

Na última quinta feira, treinamento virou sinônimo de simulação. O Comitê Jurídico simulou um debate acerca do tema drogas. Na verdade, as discussões estiveram direcionadas em duas vertentes: o tráfico como ameaça para a segurança dos países e as conseqüências de uma possível legalização das drogas.

Para prevenir o tráfico, o delegado dos Estados Unidos defendeu a importância de fortalecer o policiamento nas fronteiras, enquanto o Canadá defendeu a legalização das drogas para a concretização do mesmo objetivo. Segundo a delegada do Canadá, a legalização ainda poderia gerar lucros para o Estado com a arrecadação de impostos. Essa afirmação causou polêmica. O delegado da China lamentou que o tráfico de drogas seja considerado como uma indústria por alguns países.

CCTD

Por Camilla Maia

Os delegados da Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CCTD) debateram sobre o número de cadeiras no Conselho de Segurança e sua divisão entre os países.A delegada da Itália apresentou uma proposta que defendia a diminuição do número de cadeiras de 15 para 11 e uma eleição, que correria a cada quatro anos, para escolher os países que ocupariam os assentos. Os delegados da Federação Russa e da Arábia Saudita opuseram-se à proposta. No entanto, enquanto o primeiro defendia representação proporcional ao número de pessoas de cada continente, o segundo defendia que as cadeiras deveriam ser distribuídas não de acordo com a população de cada país, mas de acordo com a influência exercida por cada um.

ECOFIN

Por Isabela Formiga

O Comitê Econômico e Financeiro discutiu sobre a invasão americana no Iraque. Segundo o delegado do Iraque, o motivo dos Estados Unidos para a invasão não se limitava à questão da existência ou não de armas biológicas dentro do território iraquiano, mas procurava também mostrar para a população americana que o governo está defendendo os interesses do país. Em contra partida, os Estados Unidos disseram que um ou dois discursos não são suficientes para esclarecer aos outros países todos os motivos da invasão.

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